Empresas de tecnologia te escutam para vender publicidade?

Quem nunca se deparou com uma publicidade no Instagram ou no Facebook sobre algo que tinha acabado de conversar com alguém?
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Quem nunca se deparou com uma publicidade no Instagram ou no Facebook sobre algo que tinha acabado de conversar com alguém?

Empresas de tecnologia te escutam para vender publicidade?

Às vezes, a coincidência é tão grande que tem gente que diz que pensou em algo e apareceu uma propaganda daquilo.
Depois que Google, Apple, Facebook e Microsoft foram pegos, recentemente, usando funcionários contratados para transcrever áudios de usuários, para muita gente essa foi a confirmação de uma teoria antiga: as gigantes de tecnologia estariam, secretamente, nos escutando para vender publicidade direcionada.

Polêmica ressurgiu com denúncias de que empresas contrataram funcionários para transcrever gravações de áudio de usuários.
Mas prática, segundo empresas, não está relacionada com publicidade digital.

Sobre os áudios gravados e transcritos, Facebook e Google dizem que o objetivo era melhorar o funcionamento de inteligências artificiais e aprendizado de máquina. E que as gravações só aconteciam se o usuário optasse por participar de programas de transcrição.

Mesmo assim, após pressão de autoridades e de consumidores, elas decidiram suspender a prática. Em breve, ela deve ser retomada pelo Google.

Falta transparência

Se você se surpreendeu com o tanto que as empresas sabem sobre a sua vida, saiba que a sensação é compreensível. Para André Ferraz, presidente da InLoco, empresa brasileira que trabalha com dados de geolocalização para publicidade e segurança, falta transparência para que o usuário saiba exatamente quais informações são coletadas e como são utilizadas.

“Como nós criamos mecanismos em que a sociedade consiga auditar os dados coletados e para onde ele está sendo enviado? É muito difícil para o consumidor fazer isso”, disse.

É por isso que os dados coletados são, ao mesmo tempo, os principais ativos e os principais riscos, segundo Rohit Ghai, presidente da empresa de segurança digital RSA, subsidiária da Dell.

“Ser transparente com os dados é obrigatório para as empresas hoje. É uma questão complicada, o consentimento precisa conviver com um consumidor bem informado”, afirmou Ghai.

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